Responsabilidade Social
Circularidade Têxtil
Projeto escolas
A empresa Wippytex disponibiliza às escolas do primeiro ciclo a acção de sensibilização ambiental, intitulada «A tua roupa… ainda tem pano para mangas!», acção educativa multidisciplinar focada na consciencialização dos alunos sobre a importância da reciclagem têxtil.
O objetivo desta ação é sensibilizar as crianças para uma educação mais responsável em relação ao meio ambiente, aprofundando os seus conhecimentos sobre reciclagem do têxtil, como aos que já possuem sobre o vidro, papel e plástico, etc. Também é fundamental a reciclagem do têxtil para cuidar do meio ambiente. Até ao momento já visitamos 130 escolas e foram abrangidos 10.000 alunos.
Colaborações
A nossa empresa colabora no âmbito da responsabilidade social, contribuindo para diferentes associações e instituições locais, nos municípios com os quais temos parceria. Efectivamente, não só contribuímos ambientalmente, mas também ajudamos nas ações sociais que possam cobrir as necessidades da sociedade.
Cidadão
Uma vez tomada a decisão de não continuar a utilizar uma peça de roupa , calçado ou acessório, deve introduzir-se essa peça de vestuário num saco fechado e depositá-lo no contentor específico de têxtil mais perto.
Segundo distintas fontes, cada cidadão gera uma média de 20 quilos de têxtil anualmente. Colaboremos juntos para a economia circular têxtil!
Contentor de roupa usada
O contentor têxtil encontra-se à sua disposição 24 horas, 365 dias ao ano. Faça uso deste para depositar a roupa e calçado usados, assim como os acessórios de moda que já não quer usar.
Tanto o serviço de recolha e gestão, como os contentores são gratuitos e não supõe um custo para o município. Existem mais de 10.000 contentores distribuídos por Portugal. O nosso contentor forma parte do serviço Wippy® que oferecemos ao município para a recolha e seu posterior tratamento.
Outros equipamentos
Existem outros contentores específicos como o do vidro, o de papel e cartão, o de plástico, e o o da fracção resíduos sólidos urbanos. Segundo fontes distintas na UE, anualmente recolhem-se selectivamente até 2,1 milhões de toneladas de vestuário para fins de reciclagem ou venda nos mercados mundiais de reutilização. Esta quantidade representa 38% dos têxteis colocados no mercado da UE. Os restantes 62% são descartados em fluxos de resíduos mistos, ou seja a quantidade de têxteis que acaba em aterros, por não serem depositados em equipamentos específicos cifra-se em 1,3 milhões de toneladas. Isto supõe um custo ambiental e económico muito alto.
Com estes dados, é necessário uma implementação de uma recolha específica do têxtil em todos os municípios, instalando contentores como complementares aos existentes. Todo o têxtil que se introduz na fracção resíduos sólidos urbanos é irrecuperável, para além de acelerar o esgotamento de deposição dos aterros.
Recolha
A recolha dos contentores efectuar-se-á com a periodicidade necessária para evitar o seu esgotamento de deposição. Em caso de ocorrência deve contactar o número de telefone impresso no corpo do equipamento.
Estação de tratamento e classificação
Quando a roupa e calçado, recolhidos selectivamente, chega à estação de tratamento e classificação, inicia-se o processo de gestão, cumprindo os processos que se indicam na hierarquia de resíduos.
Nestas instalações leva-se a cabo um processo de triagem e classificação, segundo o estado do têxtil separando-se em diferentes frações: têxtil ou peças adequadas para a preparação para a reutilização, outras para reciclagem, outras para valorização energética ou para a eliminação.
Preparação para a reutilização
Iniciada a classificação, o material recolhida que está em condições de continuar a ser utilizado, aproveita-se para dar-lhe um segundo uso, solução ambientalmente mais eficiente.
Encontramos diferentes lojas vintage, solidárias, mercados que vendem este tipo de peças de vestuário. Do volume de toneladas recolhidas somente 12% destina-se a estas estabelecimentos. O resto do vestuário em condições de reutilização tem como principal destino a exportação, principalmente para países da Asía e África.
Reciclagem mecânica
A roupa usada não pode ser reciclada directamente, devem-se eliminar todos os complementos não têxteis, (fechos, botões, miçangas, etc.). Depois da eliminação destes materiais inicia-se a reciclagem mecânica.
A produção de trapos para a limpeza industrial, mediante o corte das peças, contribuindo para prolongar o ciclo de vida do produto que já não pode voltar a ser reutilizado, ampliando assim o ciclo de vida do têxtil. Em Wippytex, trabalhamos na produção e comercialização de trapos de limpeza industrial. Conhece os nossos produtos online!
Por outra parte, a reciclagem mecânica também se leva a cabo mediante triturado e desfiado dos têxteis, obtendo-se fibras curtas recicladas desfiadas. Estas podem ser utilizadas em fios grossos, napas, isolantes têxteis, acústicos ou térmicos.
Também estas fibras podem misturar-se com fibras virgens para voltar a realizar fios. Não obstante estes novos fios somente podem conter uma baixa quantidade (aproximadamente 15/20%) de fibra reciclada para garantir uma boa qualidade do fio produzido.
Reciclagem química
A reciclagem química pretende a descomposição para a obtenção de monómeros e/ou produtos químicos, que serão utilizados para a produção de outros materiais: fibras recicladas ou produtos químicos puros como hidrocarbonetos.
Esta reciclagem, todavia, está numa fase primitiva e são muito poucas as iniciativas a nível europeu que se estão gerando para buscar a eficiência na obtenção de fibras recicladas através do procedimento químico. Não obstante, a médio e largo prazo pode chegar a ser eficiente pelo grande volume de resíduos têxteis que podem tratar.
Aterro / Eliminação
Uma pequena percentagem residual das classificações anteriores, que não tem possibilidade de reutilização ou reciclagem, assim como a roupa e calçado usados e outros artigos têxteis que não são recolhidos seletivamente através dos contentores de têxtil, acaba lamentavelmente no aterro para a sua eliminação.
Fibras novas
A indústria da moda é a segunda mais contaminante do mundo, devido ao elevado impacto ambiental que resulta da obtenção das fibras virgens.
Os seguintes quadros mostram o impacto ambiental para a obtenção das principais fibras têxteis em 2018.
Produção fio/tecido
Em função das necessidades do mercado e de futuros produtos procedentes da reciclagem, potenciados com o desenvolvimento dos ensaios que se vem produzindo no contexto do I+D+i, se conceberá fio e daí tecido que a médio prazo espera-se alcançar uma alta percentagem de circularidade têxtil. Assim, eliminar-se-á gradualmente o consumo linear de matérias primas que são finitas e garantir-se-á a sustentabilidade do sector.
Confeção
É imprescindível que a confeção venha precedida de un eco-desenho nos tecidos e composição de vestuário mais sustentáveis que aumentem a durabilidade e permitam a reciclagem posterior.
Segundo a Global Fashion Agenda o consumo mundial de vestuário passará de 62 milhões de toneladas de 2015 a 102 milhões de toneladas em 2030.
Estabelecimento de moda
O consumo de moda constitui algo mais de 6% da nossa cesta de compras. O modelo apelidado como moda rápida ou fast fashion, implica que a velocidade de fabricação de vestuário de “usar e descartar” se tenha normalizado, sendo responsável de aproximadamente 5% dos resíduos provenientes dos lares.
Segundo Ellen MacArthur Foundation e Circular Fibres Initiative entre os anos 2000 e 2015 se duplicou a produção de vestuário a nível mundial, passando de 50.000 milhões de peças a 100.000 milhões. Isto significa que se uma pessoa vestia uma peça de vestuário 206,4 vezes em 2002, quinze anos depois a utilizou 62.
Perante estes dados, numerosas empresas de moda estão começando a integrar soluções sustentáveis na produção do vestuário e a aliar-se a iniciativas conjuntas do sector para implementar o princípio da responsabilidade ampliada do produtor em prol da circularidade têxtil.